marți, 27 noiembrie 2012

Derrota de Bush nas Eleições. E nós?

Essa semana os Estados Unidos e o mundo assistiram à vitória do partido democrata nas mid-term elections para o congresso americano. Os democratas fizeram maioria em ambas as casas (senado e câmara), o que historicamente indica troca de partido na casa branca daqui a 2 anos nas eleições presidenciais.

Como todos sabem, democrata é todo mundo que não tem perfil republicano (conservador nos costumes/liberal na economia), ou seja, um partido multifacetado, que reúne uma gama de correntes das mais diferentes, desde liberais radicais (os chamados libertários) até denfensores de movimentos sociais, o que se convencionou chamar de "esquerda" para os padrões americanos (embora, se comparados com o Brasil, fariam o pessoal do PFL parecer um monte de comunas.)

Aí o leitor deste blog pergunta: e daí?

Bom, normalmente não nos faria a menor diferença, se não fosse por um pequeno detalhe. Os democratas venceram estas eleições devido ao voto de protesto, contra a corrupção no governo Bush e, principalmente, a guerra no Iraque. Com isso, dentro do partido democrata, ganhou força a ala mais "radical", ou seja, a que menos semelhança guarda com os republicanos.

Dentro dessa ala mais radical que irá compor o congresso, além dos habituais defensores das minorias étnicas, culturais e religiosas e seus respectivos movimentos sociais, encontra-se um grupo que preocupa demais este que vos escreve.

São os defensores dos setores primário e secundário da economia americana. Os protetores das combalidas agricultura e indústria americana. Anti-liberais e anti-globalização, eles defendem os interesses dos pequenos e médios fazendeiros, bem como dos pequenos e médios industriais. Além disso, fazem o jogo duplo, defendendo também as "unions" (os sindicatos americanos).

Eles defendem a irracional proteção aos empregos do setor, mesmo a um alto custo para o Estado americano. Combatem o êxodo das empresas americanas para os chamados "países em desenvolvimento" e são favoráveis à ampliação das políticas de subsídio agrícola e industrial.

E é nesse ponto que o Brasil entra. Por mais questionável que seja a política internacional do Sr. Bush, do ponto de vista comercial há muito mais facilidade em assinar tratados de livre comércio, derrubar tarifas alfandegárias e diminuir subsídios agrícolas quando se negocia com os republicanos.

Com uma bancada de democratas que prometem aumentar o discurso protecionista, podemos perder espaço na principal economia de consumo do mundo.

Com o dólar estável no atual patamar, nuvens ainda mais negras pairam no ar dos exportadores brasileiros...

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